Novas regras na Fórmula 1

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) adiou para 2010 a introdução do novo critério para apurar o campeão do Mundo de Fórmula 1, cedendo aos protestos por parte de pilotos e equipas.
Os responsáveis da FIA pretendiam que o campeão mundial fosse encontrado através do maior número de vitórias numa temporada, em vez do habitual somatório de pontos ao longo de todo o calendário.
Desta forma, o sistema será igual ao utilizado em 2008, ou seja, o título será atribuído pela número de pontos conquistados.
O Mundial de Fórmula 1 começou no fim-de-semana passado, dia 29, no circuito de Melbourne, na Austrália.

O campeão mundial da Fórmula 1, Lewis Hamilton, criticou hoje as alterações introduzidas nos regulamentos da modalidade, segundo as quais o campeão passa a ser apurado pelo número de vitórias e não de pontos.“É uma vergonha o que está a acontecer à Fórmula 1. Custa-me a acreditar que estas decisões melhorem o espectáculo para os adeptos e telespectadores, que deviam ser sempre a nossa prioridade”, frisou o piloto britânico.Lewis Hamilton sublinhou ainda que “pela primeira vez nos últimos anos temos as equipas, pilotos, patrocinadores e adeptos a trabalhar em conjunto para o bem da Fórmula 1 – só precisamos que os dirigentes nos ouçam e ajudem”.O piloto de 24 anos teria perdido o título se vigorasse o novo sistema de pontos, já que o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, ganhou mais provas que Hamilton.Já ontem Jarno Trulli tinha mostrado a sua oposição às novas regras da Fórmula 1. Ao jornal italiano “La Stampa” o piloto da Toyota afirmou que “parece que a Fórmula 1 quer morrer”.Para Trulli, a nova forma de apurar o campeão do mundo “tem muitos factores negativos e nenhum positivo. É acertado tentar dar mais ao público, para melhorar o espectáculo, mas isso não deveria distorcer o espírito da Fórmula 1. Estou muito, muito preocupado”, frisou.As mudanças propostas pela FIA chegam também ao plano financeiro, com a limitação orçamental. De acordo com a proposta para 2010, as equipas podem optar por competir dentro do tecto orçamental de 30 milhões de libras (31,8 milhões de euros), beneficiando de mais liberdade técnica para desenvolver os seus carros e motores.Em alternativa, as equipas podem continuar a gastar o que entenderem, mas terão que operar dentro dos regulamentos mais restritivos deste ano. A associação de equipas da Fórmula 1 exprimiu “desapontamento e preocupação” com as mudanças no plano financeiro.